10 mil crianças nasceram na clínica da Dra. Laura Seixas

Entre 1965 e 1988, mais de 10 mil bebés nasceram na Casa de Natividade São Gonçalo de Lagos, no Barreiro. Saiba mais, neste Blog, sobre a cidade e a médica que ajudou a nascer todas estas crianças.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

A CLÍNICA DA RUA ELIAS GARCIA


Entre 1965 e 1975, a Clínica da Dra Laura Seixas funcionou numa antiga moradia na Rua Elias Garcia nº25-A. Só depois dessa data foi transferida para o novo edifício na Rua Eça de Queiroz nº22. Infelizmente não tenho imagens das instalações antigas para exibir neste blog, por isso, aproveito para lançar um desafio:
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-Será que alguém tem fotografias da Rua Elias Garcia, no Barreiro, nas décadas de 60 e 70?

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

A ENTRADA DA CLÍNICA DA DRA LAURA SEIXAS



Estas imagens mostram como era, na altura, a recepção e o corredor principal da Casa de Natividade São Gonçalo de Lagos, na Rua Eça de Queiroz, onde nasceram tantos bebés (Barreiro, anos 70 e 80).
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terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

GALERIA III

Centenas de pessoas participaram na homenagem à Dra Laura Seixas, 40 anos depois do nascimento primeiro bebé na sua maternidade no Barreiro. Amigos, antigos funcionários, médicos, familiares e autarquia destacaram o percurso profissional e humano da médica que marcou a história do Barreiro. A cerimómia incluiu a apresentação pública do seu livro de poemas, "CANTARES PARA OS MEUS AMIGOS". (Biblioteca Municipal do Barreiro, 8 de Maio de 2005)


domingo, 17 de fevereiro de 2008

GALERIA II

Instantes da homenagem à médica Laura Seixas e lançamento público do seu livro de poemas, "CANTARES PARA OS MEUS AMIGOS". (Biblioteca Municipal do Barreiro, 8 de Maio de 2005)


GALERIA

Instantes da homenagem à médica Laura Seixas e lançamento público do seu livro de poemas, "CANTARES PARA OS MEUS AMIGOS". (Biblioteca Municipal do Barreiro, 8 de Maio de 2005)


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

NA PRIMEIRA PESSOA


Vivi a minha profissão como os melhores anos da minha vida. Grandes preocupações, grandes desafios, grandes responsabilidades em tudo compensado pelo milagre do nascer renovado em cada parturiente.
Em Junho de 1963 deixei o hospital do Barreiro e aluguei uma moradia antiga na Rua Elias Garcia, no Barreiro, onde instalei a minha Casa de Saúde, inicialmente com 10 camas. O primeiro bebé nasceu a 14 de Fevereiro de 1965.
Na Casa de Saúde nasceram filhos dos meus colegas, dos meus amigos e o meu filho mais novo. A vida foi difícil, mas animada, pois tive bom pessoal. Dedicado e entusiástico. Parteiras, auxiliares e cirurgiões que permitiram um bom funcionamento do serviço.
Não posso deixar de mencionar o papel dos bombeiros da terra, Salvação Pública e Sul e Sueste na sua participação no transporte de grávidas para Lisboa quando não era possível, por motivos alheios à nossa vontade, a resolução de situações de urgência.
Tivemos como norma uma assistência personalizada às grávidas que procuravam o nosso esforço, nunca as abandonando aos medos perturbadores, de incerteza e de sofrimento físico que as aguardava. Eram jovens e corajosas.
Com o decorrer do tempo impunham-se muitas condições à Casa de Saúde e o meu pai, em terreno próprio, decidiu proporcionar-me novas instalações.
Foram cuidadosamente projectadas, construídas, orientadas pela Direcção Geral dos Hospitais e decoradas de maneira a proporcionar às futuras jovens mães um ambiente de bem estar e boas recordações.
Ainda hoje, quando saio, senhoras ou filhos grandes abordam-me e perguntam-me se me lembro daquele parto. Vejo alegria e juventude naquele olhar. – Nasci na sua clínica, insistem.
Privei-me de muitas coisas para fazer face aos meus compromissos. Aquisição de equipamentos, ordenados, despesas de manutenção, mas tudo se foi resolvendo.
Tínhamos parturientes de Setúbal, Seixal, Almada, além do Barreiro que eram um incentivo para continuarmos.
Para poder dedicar-me em exclusivo à Casa de Saúde, em 13-V-1975, deixei o posto médico da CUF onde fazia as consultas da minha especialidade, Obstetrícia e Ginecologia.

Entre 1965 e 1988 foram internadas 11.380 mulheres.
Nasceram 10.286 crianças.
Foram feitas 1.194 intervenções cirúrgicas.

O último bebé nasceu em 26 de Junho de 1988.

Barreiro, 17 de Junho de 2000.
Maria Laura Cabrita Seixas

domingo, 10 de fevereiro de 2008

UM TESTEMUNHO

Entre 1965 e 1988, tive o privilégio de conhecer e trabalhar com a Sr.ª Doutora Maria Laura Cabrita Seixas. Desses anos, marcados inicialmente por convulsões políticas e sociais que viriam a culminar no 25 de Abril, recordo o exercício pleno da profissão de enfermeira e sobretudo de mulher adulta que então me tornei. Tanto para a formação de mulher como para o exercício de enfermeira, muito contribuiu o exemplo humano e profissional da Dra Maria Laura Cabrita Seixas. Talvez tudo isso se devesse à responsabilidade imensa e ao privilégio humano que é o de ser responsável por tantas vidas e, ao mesmo tempo, possuir o distanciamento suficiente para todas serem consideradas.
A Sr.ª Dr.ª Maria Laura Cabrita Seixas mostrou-me que se o nascimento é certamente um dos mistérios da vida, é também um dos dois factos mais comuns da existência, tal como a morte. À medida que vou envelhecendo e que vejo os meus filhos e as minhas netas ou minha mãe que ainda vive, lembro-me muitas vezes da Sr.ª Dr.ª e das coisas que, mesmo sem querer ou pretender, me ensinou.

Enfermeira Maria Alcina Alves

sábado, 9 de fevereiro de 2008

A DECORAÇÃO


Estes eram os quadros que decoravam a parede do berçário da Clínica da Dra Laura Seixas, na Rua Eça de Queiroz, Barreiro.
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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

O INTERNAMENTO




As novas instalações da clínica inaugurada pela dra Laura Seixas na Rua Eça de Queiroz, em 1975, estavam equipadas com dois quartos particulares e duas enfermarias para o internamento das doentes.




Cada enfermaria tinha cinco camas. Nesta fotografia, as parturientes têm ao seu lado os berços e os seus filhos recém-nascidos (Barreiro, anos 70-80).
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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

NO CONSULTÓRIO


Além do acompanhamento das parturientes no primeiro andar da maternidade, a Dra Laura Seixas dava consultas diárias de Ginecologia, actividade que muito apreciava e a que se dedicou até ao início da década de 90. Esta fotografia dos anos 80 mostra uma vista parcial do seu consultório que ficava no rés-do-chão da casa de saúde. Em cima da secretária está o estojo que guardava o aparelho de medir a tensão arterial. Em frente encontra-se a marquesa de observação e ao lado uma mesa com a máquina para escutar o ritmo cardíaco do bebé. O cacifo com as fichas de identificação das doentes está no canto esquerdo. Na parede está pendurado um quadro com o Juramento Hipocrático – o juramento que os médicos fazem e que serve para orientar eticamente a profissão. A parturiente ficava sentada no lado direito.
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http://lauraseixas.blogspot.com/2008/02/clnica-da-rua-ea-de-queiroz.html

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA


Durante a cerimónia de homenagem que teve lugar na Biblioteca Municipal do Barreiro, no dia 8 de Maio de 2005, familiares e amigos organizaram uma exposição de fotografia com alguns dos momentos que marcaram a carreira da Dra Laura Seixas. As imagens mostram ainda o interior da clínica onde nasceram várias gerações de barreirenses.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

BARREIRO RECORDA LAURA SEIXAS



"Quarenta anos depois do nascimento do primeiro bebé na clínica que fundou no Barreiro, a cidade lembrou a médica e a poetisa já desaparecida."
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Artigo do jornal "Voz do Barreiro", 20 de Maio de 2005.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

A CLÍNICA DA RUA EÇA DE QUEIROZ


Entre 1965 e 1975, a Casa de Natividade São Gonçalo de Lagos, no Barreiro, situava-se numa moradia no nº25-A da Rua Elias Garcia (infelizmente não existe nenhuma foto no meu arquivo da fachada da primeira maternidade). Com a construção do novo edifício, a clínica da dra Laura Seixas foi transferida em 1975 para o nº 22 da Rua Eça de Queiroz, onde funcionou até 1988. As novas instalações estavam equipadas com bloco operatório, sala de partos, duas enfermarias, dois quartos particulares, berçário, consultório, capela e cozinha. Actualmente, o edifício continua a funcionar como Casa de Saúde. Actualmente, a gestão está a cargo de uma sociedade de médicos do Barreiro.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

“AOS MEUS AMIGOS”


Tirei o Curso de Medicina em Coimbra, cidade de grandes tradições académicas que se manifestam sobretudo na Queima das Fitas, onde para além de se trocarem abraços se trocavam versos.
Depois o tempo passou sem se dar por isso e quando a nossa autoconfiança e a nossa relação com o doente se tornou mais fácil o meu espírito fazia fugas para outros campos de interesse.
Comigo foi assim. De vez em quando fazia um poema. Para perceber a minha própria letra dactilografava-o e colocava-o depois numa pequena pasta como se tratasse de uma colecção, focando sobretudo situações da vida corrente.
Há pouco tempo quando da mudança de instalações da Escola Mendonça Furtado, antigo Colégio Barreirense, fundado pelo meu pai, dei ao professor Amílcar Romano um pequeno poema que compus com toda a ternura, pela personalidade ímpar de José Joaquim Rita Seixas. Teve a gentileza de o ler no fim da cerimónia e pela maneira como foi lido até pensei que o poema não podia ter sido escrito por mim.
Procurei os outros versos, na tal pastinha, e lendo-os tive de reconhecer que não estavam maus. Analisavam as pessoas, as suas condutas, os sentimentos.
Acontece que entre os livros do meu pai encontrei uma encadernação de um manuscrito dos meados do século XIX que me fascinou pela sua beleza. Pensei que podia associar a modernidade e fazer um livro que me satisfizesse. O editor conseguiu interpretar o meu pensamento e surgiu o pequeno livro – CANTARES PARA OS MEUS AMIGOS - que me satisfez pela sua beleza e raridade. Nesse mesmo momento adquiriu vida própria e eu sinto que tenho o dever de o divulgar, daí o dever de publicar sem qualquer fim lucrativo. Transferindo os seus benefícios para os soldados da paz do Barreiro, os bombeiros que mereceram desde sempre o meu respeito pela sua abnegação, espírito de unidade e camaradagem.
Evoco o senhor João da Glória que conheci muito bem e tantos outros que estavam sempre dispostos a dar apoio à minha “Casa de Saúde de São Gonçalo de Lagos”, onde nasceram tantos bebés.

Barreiro, 3 de Outubro de 2000
Maria Laura Cabrita Seixas

sábado, 2 de fevereiro de 2008

DONATIVO PARA OS BOMBEIROS DO BARREIRO (JN)


Conforme era o desejo de Maria Laura Cabrita Seixas, a receita do livro de poemas "Cantares para os meus Amigos" foi oferecida aos bombeiros do Barreiro pelo apoio à sua Casa de Saúde, ao longo dos anos.
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Artigo do Jornal de Notícias, 20 de Maio de 2005.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

ENTREVISTA A MARIA LAURA CABRITA SEIXAS



Artigo do Jornal do Barreiro, 6 de Outubro de 2000.

HOMENAGEM À MEDICA LAURA SEIXAS


Artigo do Jornal de Notícias, 18 de Abril de 2005.

"UMA VIDA AO SERVIÇO DE NOVAS VIDAS"


Artigo do jornal PÚBLICO, 8 de Maio de 2005.